20.8.10

Plataforma Vinte e Cinco

Banco vazio, garagem vazia. A verdade é que a manhã não era novidade para ninguém. Nem para o dono dos olhos. No entanto, sim, o banco era novamente um banco. O céu ainda era céu, o tempo era tempo mas as mãos já não eram âncoras e os risos não faziam sentido.
A baía não era longe. Talvez pudesse nadar até sua ilha. Talvez não pudesse e estivesse condenado a ser um espectador. Não era ruim, os pés ainda eram pés e o peito ainda pulsava. Ainda assim, a pele já não era pano e a calma era desânimo. Quis cantar. Não pôde.
A garagem havia sido ocupada e, a algumas horas dali, ainda havia banhos a serem tomados.

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