8.2.09

O Campeão


Olhei para o céu. Senti-me completo. Senti-me feliz. Ergui meus braços e gritei dentro de mim. Eu era, pela primeira vez, um campeão. Eu estava vivo. Eu tinha ganhado. Se tivesse mesmo morrido naquele dia, não teria olhado para o céu. E não seria o campeão.

Mais Uma Justificativa

Tanta vontade de escrever
Que as palavras me fogem às mãos
Tropeçam-me aos olhos
Se escondem nos vãos

E que de tão vãos
Recuso-me a fechá-los
Fechá-los com um amor
Como recomendou o tal doutor

Doutor em assuntos experientes
Torturantes, reticentes
Faz-me um chá pras rugas
Me relembra as tantas fugas

E se são fugas, explico,
Já que tanto me julgas
Foi por medo, foi por ter
Essa vontade de escrever