2.6.10

Nalgum Momento

Ali, preso entre aquelas paredes de êxtase e desespero, ele enfim compreendeu que havia adoecido. Um vento estranho soprava e seu peito lembrava uma garrafa vazia à deriva. Era isso então estar envenenado? Não, quem sabe não. Quem sabe era aquele desejo de existir para alguém que não sua própria consciência.
Havia em si ainda um leve rancor de ter dado às pequenas tantas coisas tanta atenção e, no fim, ter tornado-se uma presa.

Dias e meses depois, compreendia porque a vida te dá o osso e te toma os dentes.