26.10.09

Telecom Italia Mobile

Dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a dor é pra quem sente a

Eu Sou

Falho. Isso já não é novidade faz dezessete anos, na mais generosa das minhas possibilidades. No entanto, não procuro redenção e nem compensação já que o mundo voltou para seu eixo excêntrico de sempre.
A verdade é que quis registrar o filho da puta que fui e que sou. Falho. E covarde. E fico namorando esses escorregões, nessa espécie de orgulho esquisito, na tentativa de convencer alguém que isso tudo viveu de que existe justificativa.
Bem também omito, invento, engano; a ninguém além de mim. Deixo crescer esse amor pelo falso, minha droga pessoal, invisível. Risco e risco e risco e falo e falo e falo e rio. E falo mais um pouco.
Pois então.
Perdão, meu Bem, ainda não vejo muito desse Sol. É o que se espera. Mas passa. Tem de passar.

3.10.09

Ida

E o rapaz, de olhar pesado, correu os olhos pela sala uma última vez, como se procurasse um derradeiro porto seguro para ancorar. Aparentemente, não viu nada parecido. Deu de cara apenas com uma série de decepções e fracassos, ao menos sob a visão daqueles olhos opacos. Nada que pudesse dobrar e guardar no bolso ou incorporar a suas caixas.
A iluminação bruxuleante do ambiente já não era resiliente o bastante para que pudesse ver aquele outro par, que o fazia por vezes rolar de hemisfério a hemisfério do colchão durante as noites mais redundantes. Era um moleque, nada mais, um esboço do que viria a ser alguém de palavra firme e essência suave, mas que ainda assim nunca viria a entender porque as coisas lhe doíam tanto e muito menos a razão de as nuvens serem tão brancas quando mais precisava de chuva.
O rosto marcado, precocemente dono de rugas, esquadrinhou ainda a sala à procura das heranças que pensara deixar, das portas que abrira sem ter intenção de adentrar. Não as encontrou. Se fosse dono de um qualquer de sensatez, teria tido o dom de notar que sua mente perturbada já não compreendia a fronteira da fantasia. Por diversas vezes abrira mão de chances reais por distantes possibilidades, na esquisita esperança de que talvez seu mundo não fosse exatamente o que via. A mania de ver ondas e não procurar entender a maré, mas sim imaginar uma grande roda mágica que as produzisse. Era a fé embaraçosa de um ateu.
Vacilantes, as mãos compreenderam que era hora de ir e logo convenceram as pernas a acompanharem-nas. Servindo-se de um último gole de ar, o rapaz deu meia-volta, vestiu o capuz do casaco e saiu pela porta sem tranca. Deixou para trás mais um pouco de razão.