7.7.09

Carta Aberta aos

E é a essa altura que eu saio do sério, quando sinto que meu coração já não mais bombeia sangue, bombeia insanidade. Para qualquer lado que olhe, vejo o mesmo: uma merda sem tamanho.
Minha pele cai como nunca, meus olhos ardem mais que a vontade de entrar em combustão espontânea e completar a sacanagem. Cada extremo tremula, protestando contra a perda de controle da cabeça débil. Por debaixo da pele estudantil, me pareço com qualquer coisa, com exceção de um ser humano.
Esse monte de bonecos de cera, tementes a deus, medrosos, rindo seus risos receosos, com a costumeira "diversão jovial". Filhos da puta, bando de porcos sexuais — como todos nós — taxando-se de loucos sem nem ter ideia de que mandam cada minuto de suas vidas para a Puta-Que-Pariu. Como faço eu.
Eu viera e fizera o que tinha de ser feito, com sucesso, até certo ponto. Mas chega. Chega de ver dias passarem em quinze minutos e assistir à vida correr de mim com medo de que eu a gaste. Chega de respirar esse ar que me dá engulhos, pisar esse chão que conspira para me derrubar e dormir noites venenosas de remorso.
Chega, fecho a minha conta.
E você, sua piranha, se continuar tentando ler o que eu escrevo, vou dar uma planetada na minha testa. Vire esses olhos para lá e afunde-se na aula.